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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Acidente Na Pilotagem - O Que Se Deve Aprender Com Eles?

"Histórias de Meus Alunos: Experiências Pessoais Sobre Pilotagem", por Tirson Goveia.

Amigos, queridos alunos, leitores e amantes da moto. O exemplo abaixo é de franqueza humildade e reconhecimento dos limites pessoais. Lendo este artigo, descrito pelo aluno Tirson Goveia, aprendendo com os erros dos outros e reconhecendo os nossos erros, é de muito mais valia do que fazer qualquer curso de pilotagem.
Por favor, leiam!
Inicialmente, quero dizer que seja qual for o acidente, seja qual for suas circunstâncias, seja quais os veículos envolvidos, sempre temos que parar e refletir a respeito.

Muito bem, e foi imbuído desse espírito de reflexão é que a partir do convite do grande mestre Amaral é que resolvi descrever as experiências absorvidas a partir do acidente vivido por mim.

Pois bem, estava eu trafegando na Av. 23 de maio em São Paulo, sentido bairro, na altura do Centro Cultural Vergueiro, num sábado ensolarado início de um feriado prolongado quando aconteceu o fatídico acidente.
  
Eu estava trafegando pela citada via, que, aliás, surpreendentemente estava livre, a uma velocidade próxima a 70 KM/h, observei um táxi que vinha costurando os outros carros.

Como eu estava voltando do centro indo para casa para pegar a esposa para descermos a serra em direção ao litoral paulista, eu estava empolgado e, portanto,  com uma pequena pressa de chegar em casa.

Aí começa o que hoje, depois de refletir sobre o ocorrido, considero uma seqüência de erros que levou ao acidente.

O meu primeiro erro reside na falta de equipamentos de segurança.

Todos sabemos que o motociclista deve usar equipamentos de segurança. Eu estava de shorts e camiseta, com capacete, claro, mas o equipamento de segurança utilizado pelo motociclista não deve se resumir ao capacete.


Por isso, confesso, fui irresponsável comigo mesmo ao trafegar em um via de trafego rápido como a 23 de maio apenas de capacete.

Outro erro por mim cometido diz respeito a falta de condução defensiva da motocicleta. Cheguei a esta conclusão, pois agora analisando os fatos fica fácil constatar que pelo simples fato de ter visto o taxista costurando, mudando de faixa diversas vezes, ele apresentava perigo.

Porém, eu, ingenuamente, não me apercebi. Bastava eu pensar um pouquinho, eu tinha tempo pra isso, ele estava a cerca de 10 metros a minha frente. Vale lembrar que a Av. 23  de maio tem quatro faixas de rolagem, portanto, mesmo que eu tomasse a decisão de ultrapassá-lo, como de fato tomei, deveria tê-lo feito, lá pela faixa por uma faixa mais afastada do taxista e não a imediatamente ao lado dele, evitando, assim,  passar próximo àquela situação de perigo.

Pilotar defensivamente, na minha humilde opinião é justamente isso…  fugir da situação de perigo, evitando colocar sua vida em perigo.


Ou seja, apesar de ter tido tempo para constatar a situação de risco, acabei chegando próximo ao taxista pela faixa imediatamente à direita dele, quando de repente, a exemplo do que ele já vinha fazendo antes, resolveu trocar de faixa (leia-se costurar) e acabou cruzando minha trajetória o que me forçou frear bruscamente,  levando a moto a derrapar e sair de frente.

Então, vê-se que eu poderia ter evitado o acidente era só eu ter me afastado da situação de perigo, porém, o excesso de confiança fez com que eu pensasse em ultrapassar rapidamente aquele carro deixando-o para traz, o que acabou não acontecendo.

Por fim, meu último erro consistiu na falta de atenção. Todo motociclista deve ter o máximo de atenção no trafego, nas pessoas que estão ao redor e nas condições da pista por onde trafega.

Com efeito, na ida ao meu destino passei pelo mesmo local, porém na pista sentido centro, verifiquei que o piso da Av. 23 de maio, naquela mesma altura, vale dizer, próximo ao Centro Cultural Vergueiro, estava passando por obras, onde foi feito o serviço que os técnicos chamam de fresagem de pavimento asfáltico, corriqueiramente chamado de raspagem do asfalto.

Ora, se estava sendo feito tal serviço de um lado da pista (sentido bairro/centro), a probabilidade de que tal serviço estivesse sendo feito no sentido inverso é, no mínimo, razoável, porém, eu, incauto, não me atentei.

E foi por não ter me atentado a tal fato é que ao chegar próximo ao táxi, para ultrapassá-lo, não bastasse ele ter cortado minha trajetória, ainda tive que frear bruscamente, justamente quando sobre o piso fresado. Resultado… não houve aderência o suficiente e a moto saiu de dianteira.

È certo, que o fato do motorista do táxi ter entrado na minha frente contribui enormemente para o acidente, porém, tivesse eu me atentado para as possíveis condições do piso naquela parte da pista, com certeza eu estaria em velocidade inferior a 70 km/h.

É certo, também, que houve um grave erro da Prefeitura de São Paulo, que não sinalizou corretamente, a existência de obras no local, porém, quando se fala de pilotagem defensiva o objetivo não é buscar culpados para o acidente, mas sim evitar sua ocorrência, por isso, pra finalizar enumero os erros que cometi:



1º Andar sem o equipamento de segurança adequado (lembrando que graças a Deus eu não quebrei nada, apenas ralei o corpo inteiro, o que não teria acontecido se eu tivesse com jaqueta e calça apropriada)

2º Aproximar-se de uma situação de perigo, mesmo após ter tido tempo para constatá-la.

 3º Ter agido com excesso de confiança, acreditando que passaria pela situação de perigo deixando-a para traz.

4º Falta de atenção na avaliação do piso, o qual que muito provavelmente poderia estar em obras, como de fato estava.

Por tudo isso, entendo que o acidente que sofri serviu para meu crescimento pessoal e para o desenvolvimento da minha forma de pilotar.

 Espero ter contribuído de alguma forma com os caros leitores do Blog do meu querido amigo Amaral, e espero que todos nós, mediante a adoção de atitudes mais gentis e cordiais, seja por parte de motociclistas, seja por parte de carros, caminhões, ônibus, pedestres, enfim, todos que compõem o trânsito, consigamos VIVER em um trânsito mais respeitoso e menos hostil.”
Amigo Tirson: você deu a todos nós uma melhor qualidade de vida. Muito obrigado!
Um grande abraço e que Deus sempre o proteja. 

sábado, 20 de novembro de 2010

DÚVIDAS DOS LEITORES: Curvas Com Motos Custons.

Caro amigo, gostei do campo DÚVIDAS e agora te amolo quase que diariamente. Recentemente  um  médico daqui com apenas 3 anos de motociclismo,  numa HARLEY grande não  deu conta de fazer a curva e foi pra cima de um caminhão numa rodovia perto de Marilha, sofreu acidente grave mas escapou... perdeu parte da perna. Jose Vitor Magnilia, secretario de saúde do prefeito local.
Agora minha dúvida é a seguinte:
Em relação às custons,(pode também esclarecer em relação às outras) as curvas são mais difíceis de serem feitas? Quando ocorre o fato  de o motociclista perder a moto (curva pra direita em subida e ele saiu pra esquerda), como aconteceu com ele, foi fatalidade ou imperícia e é comum acontecer? Qual seria a receita para todas os a grande maioria das curvas, tratando-se pista seca, pois molhada o bicho pega? Acho que você entendeu o ponto em que eu quero chegar. Um grande abraço. Sucesso. 17/11/10.

Meu grande amigo Paschoal. Há algum tempo, escrevi um artigo intitulado:"Caramba!!! Êta Curva Difícil!!" Neste post, explico os LIMITES FÍSICOS e os LIMITES DE SEGURANÇA que, independente do modelo de moto, cada uma possui. Lá, mostro,  também, uma das forças que empurra a moto para fora da curva, chamada força centrífuga (fuga do centro). Lendo o post referido, vemos que para cada modelo de moto existe uma dificuldade ou uma facilidade de condução. E, sem dúvida, um dos maiores medos estão no contexto de se fazer curvas. No caso do acidente mencionado (ou em qualquer outro acidente), não acredito em "fatalidade". Acredito, sim, na falta de conhecimento da "personalidade"que cada modelo tem. Acredito, também, na falta de atenção que o ser humano possui. A falta da previsão, onde nossas decisões viram dúvidas e, consequentemente, se anulam nossas habilidades

A dificuldade na realização em curvas depende de alguns fatores: 

1- Tipo de chassi. Geralmente os chassis tipo Berço Duplo trazem certa difilculdade nas curvas. Deixa a moto menos ágil, onde é necessário usar muita força do corpo para deitar em curvas; 

2- A distância dos eixos das rodas (chamada distância entre eixos). Quanto maior o entre eixos, mais difícil se fazer curvas; 

3- O ângulo de caster e ângulo de trail. Uma custon tem a característica de trail e caster maiores, isso torna a moto menos ágil; 

4- Rodas e pneus. Maior os raios das rodas e mais largos os pneus, também deixam mais difícil a agilidade e a inclinação em curvas. Porém, estes fatores não impedem a moto para as maravilhosas curvas em nossa frente. Lembre-se: MOTO FOI FEITA PARA FAZER CURVAS. O fato do acidente de seu amigo, e nosso irmão, é o desconhecimento da perfomance da moto. Uma Custon tem o LIMITE FÍSICO muito baixo. Além de ENTRE EIXOS e CASTER longos. Isso traz um "medo" nas entradas e saídas  de curvas. As pedaleiras ( estribo ou plataformas, no caso das Harley) encostam no chão e assustam, fazendo o piloto "lavantar"a moto nas curvas. Aí, a moto vai reta. 

Em nosso curso mostramos estes limites. O fato é que nas Custons as padaleiras encostam no chão com muita facilidade, mas mesmo assim ela faz curvas. A pilotagem de uma grande Custon é especial. Não é fácil. O desconhecido é um fator de não enfrentar os limites. Claro! Quem não conhece  não se arrisca. Mas em uma emergência, conhecer a moto é fundamental. Por isso, de uma forma ou de outra, precisamos conhecer o que temos em nossas mãos e respeitar isso. Saiba, os limites de uma moto, mesmo em uma custon, são grandes.

Não conheço nosso irmão José Vitor, mas quero homenagiá-lo como um sobrevivente. Que Deus o ilumine e o ajude a enfrentar todas as dificuldades. Mas diga a ele que meu coração ( e sem dúvida de todos meus leitores e amantes de moto) está junto ao coração dele.