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PRÓXIMAS DATAS DO CURSO DE PILOTAGEM DEFENSIVA

PRÓXIMAS DATAS PARA O CURSO DE PILOTAGEM DEFENSIVA:
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Este curso tem a finalidade de conhecer os limites de segurança que sua moto pode lhe oferecer em situações de emergência.
INFORMAÇÕES:
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sábado, 28 de julho de 2012

Por quê Tanta Pressa?


Não importa se a velocidade é baixa ou alta. Sentir pressa nos faz arriscar muito.
Queridos alunos e amigos leitores. Às vezes me pego reclamando dos condutores muito lentos em minhafrente quando estou transitando com minha moto. Mas, na verdade, não são eles que estão devagar,
mas eu estou sentindo pressa!  Aliás, é bom saber que pressa não tem nada haver com excesso de velocidade. Pressa é um sentimento. Talvez esteja estranhando o termo “sentimento” e não “atitude de pressa”. É que este "sentimento da pressa" faz com que nos esqueçamos de vários fatores de riscos existentes no trânsito.  Deixamos de ver, por exemplo, que a maioria dos condutores não está devagar, mas sim nos limites de velocidade que a lei exige para aquela via. Também, não consideramos os limites emocionais e pessoais dos condutores nas ruas e estradas.
Quando sentimos pressa, mesmo que estejamos em baixa velocidade, ainda assim, estamos "grudados"   na traseira de outros veículos, forçando ultrapassagem e não mantendo uma distância segura.
A pressa nos induz a fazer coisas absurdas
Neste sentimento da pressa nossa atenção se prioriza a somente um foco, a saber, o de chegar logo! Perdemos a atenção dos diversos riscos que precisamos dar. Esquecemos dos semáforos e dos cruzamentos. Freamos bruscamente e aceleramos desnecessariamente com a moto parada, sem sentindo, achando que este ato de acelerar, o semáforo vai abrir mais rápido. As faixas de pedestres são obstáculos quando o semáforo fecha. Se pararmos antes da faixa a sensação é que nos atrasaremos mais! Mas se pararmos em cima dela, ah sim, agora chegaremos mais cedo.
Sim, sentir pressa nos deixa agir egoisticamente. Faz com que nos esqueçamos dos perigos, aumentando os riscos que causamos aos outros. Aliás, nem sequer distinguir os riscos conseguimos, pois o foco está em não se atrasar! Até mesmo no ato de buzinar achamos que os outros têm a obrigação de sair da nossa frente.
Na pressa não conseguimos  esperar o momento mais seguro para fazer uma ultrapassagem.
A pressa é tão ilusória que, quando pensamos nos riscos desnecessários que passamos no trânsito, percebemos que gastamos mais combustível, mais pastilhas de freios, mais borracha de pneu,  aumentamos nosso stress e, pior, não percebemos a vida passar. Sim, a pressa é ilusória, pois mesmo apressados na maioria das vezes acabamos chegando atrasados.
Veja se você está possuído pelo sentimento da pressa:
- Parado esperando o semáforo abrir, você olha para o sinal em amarelo da outra esquina, ou espera o sinal verde do seu cruzamento para cruzar a via?
- Você usa a buzina para chamar atenção, ou para que os outros saiam da sua frente?
- Você espera o momento mais adequado, ou força a ultrapassagem?
Bem, se você cruza uma via antes do sinal verde, buzina para que os outros saiam de sua frente, ou se arrisca demais para fazer uma ultrapassagem, sim, está sentido pressa. Nesta hora pense: por que estou fazendo isso? Há realmente a necessidade de tanta pressa? Vale a pena se arriscar tanto? Estou disputando uma corrida para ver quem chega primeiro na outra esquina?
Amigos leitores. Sentir pressa pode nos levar a ter atitudes muito arriscadas, desnecessariamente. Qualquer técnica apurada de pilotagem que adquirimos some quando sentimos pressa. Devemos então, quando este sentimento nos dominar, agirmos com cautela e ir ao contrário das atitudes que envolvem a pressa. Paciência é o segredo e a certeza de chegarmos ao nosso destino sadios, vivos e felizes, mesmo que cheguemos atrasados.  
Um forte abraço a todos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Como o motor de sua moto ajuda você a se manter nas curvas

Cilindrada, potência e torque. Qual dessas características da moto será melhor aproveitada pelo piloto para se manter na trajetória de uma curva?

Falta de controle nas re-acelerações = desequilíbrio nas curvas.
Bem, sabemos que cilindrada é a quantidade de ar e combustível dentro de um recipiente chamado cilindro (medida em cm³); torque é a força produzida da queima da mistura do ar e do combustível dentro do cilindro (medida em kgf-m); e potência é, também, uma força produzida pela queima da mistura ar/combustível dentro do cilindro (medida em cv ou hp).
Embora o Torque seja a força que aparece antes, a Potência é a responsável de dar a velocidade na moto através do giro no acelerador. Por isso que alguns condutores de motocicletas “se perdem” nas curvas quando ao re-acelerar a moto sai da inclinação necessária para se manter na trajetória e “se espalha”, saindo para fora da curva. Com motos muito potentes e leves podem até mesmo subir a frente deixando o pneu frontal sem contato com o solo, ou  derrapam por causa  da forte potência despejada repentinamente na roda traseira.
Re-acelerações fortes nas saídas de curvas a moto tende a sair da trajetória.
Às vezes o contrário acontece, quando não se dá força suficiente no acelerador a moto tomba na inclinação, principalmente em manobras curtas e em baixa velocidade o motor poderá “apagar”. Ou mesmo em médias velocidades, o condutor aciona a embreagem antes de entrar na curva e continua acionada durante a trajetória neutralizando a força do motor levada para a roda traseira.
Veja só: torque = força e potência = força. Forças que dão o equilíbrio e auxiliam no re-equilíbrio da moto. Assim, além de olhar para o objetivo (final da curva), de contra-esterçar, de acreditar nos limites de inclinação do modelo de sua moto, já comentados nos artigos anteriores, o piloto terá que controlar a mão no acelerador e re-acelerar com mansidão. Ou seja, controlar a potência produzida pelo motor e pela força dada pelo condutor ao girar a manopla do acelerador.
Então, como podemos equilibrar (ou re-equilibrar) a moto através do controle dessas forças produzidas no motor?
Aproveite das configurações dos motores:

Motores "V"-2. Torque e potência surgem muito rápido.
Motos de médias e grandes cilindradas, onde a potência surge muito rápido, com configurações de motores com um só cilindro, biciclíndrica em “V” ou em “L” e tricílíndrica em linha, em baixas e médias velocidades,  mantenha a aceleração dentro da curva e re-acelere com  progressividade para sair da curva. Estou dizendo isso, pois sei que você já reduziu a velocidade e as marchas antes de entrar nas curvas.
Se necessário, aperte o manete da embreagem não com tanta força, mas com “meia” força para assim não despejar muita potência e desequilibrar a moto, principalmente se esses motores possuírem comando de válvulas duplo (DOHC) e desmodrômico. Estes motores “gostam” de rotações mais altas e quando estão em regimes de baixa velocidade, em 1ª ou 2ª marchas eles “pedem” maior aceleração. Desta forma, a progressividade nas re-acelerações é muito importante para se manter o equilíbrio e a regularidade das acelerações, evitando aqueles pequenos “coices” que jogam o piloto para trás desequilibrando a moto ou até mesmo empinando.
Com motores de dois, quatro ou seis cilindros em linha e boxer (cilindros opostos), nas retomadas de acelerações a potência é despejada na roda traseira com suavidade. Dessa forma, a necessidade de usar a embreagem para controlar as re-acelerações é praticamente nula. Somente gire a manopla do acelerador com mansidão e progressividade que a moto se mantém e sai das curvas com docilidade.
Motores menos potentes, de baixa cilindrada, em configurações mono e biciclíndrica em linha, com comando de válvulas simples (SOHC ou OHC) são “mais domáveis” nas retomadas de acelerações. Em baixas  velocidades, como em  manobras curtas, deve-se tomar cuidado para que o motor não falhe. Assim, um leve toque na embreagem pode se usar para o motor não apagar. Porém, nas re-acelerações a embreagem poderá ser esquecida. Nestas características, algumas fábricas produzem motores com “balancins roletados” nos comandos de abertuta e fechamento de válvulas. Assim, as re-acelerações são mais  suaves e dóceis.
Motores que não possuem marchas, como modelos de scooters, deve-se conhecer o “tempo” das re-acelerações. Em certas situações as retomadas de velocidade são retardadas. Na hora de dar aceleração, o motor demora para despejar a potência e a moto perde equilíbrio. Dá aquele susto, quando em inclinação o piloto põe o pé no chão.

Controle Eletrônico de Tração – A tecnologia eletrônica apareceu para acertar quando o piloto erra. O Controle Eletrônico de Tração evita a derrapagem do pneu traseiro quando o piloto dá muita força no acelerador  enquanto inclinado nas curvas. Porém, ela não evita que a moto seja jogada para fora da curva (força centrífuga). Portanto a eletrônica não faz milagres. A aplicação de todas as técnicas explicadas nos artigos anteriores, mais o que foi dito aqui, sem dúvida estaremos crescendo no conhecimento e nos transformando de simples condutores para grandes pilotos.
Controle Eletrônico de Tração não faz milagres. O mais importante é aplicar todas as técnicas aprendidas sobre curvas.
Portanto, assim como nas frenagens, nas re-acelerações – seja a moto com muita ou pouca potência – é uma questão de sensibilidade. Essa sensibilidade é imprescindível no momento de fazer, de se manter e de sair das curvas.

 Abraços a todos.

Texto: Carlos Amaral. Fotos: fonte Web e Geórgia Zuliani. Agradecimento ao editor e ao consultor técnico e piloto de testes Sidney Levy e Carlos Bitencour ( Bitenca) do portal Motonline.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

INGENUIDADE ou FALTA DE TÉCNICA?


Olhar nos retrovisores. Não se esqueça a sua frente.

Amigos e queridos alunos. Quando você se prepara para fazer uma ultrapassagem, você olha para frente ou para os espelhos retrovisores de sua moto? Talvez a resposta seja óbvia. Em um primeiro momento você deve olhar para os retrovisores, pois outros podem estar ultrapassando você, também. Em um segundo momento deve olhar para frente, pois outro veículo poderá estar mais lento do que você, ou até mesmo parado, podendo causar uma colisão traseira. 
Um dia desses presenciei um acidente onde um motociclista saiu da frente de outro para deixar ser ultrapassado. Amigos! Sabem aquele momento em que se olha no espelho retrovisor e se esquece de olhar para frente? Pois bem, esse motociclista se esqueceu disso e bum! Colidiu com um carro que de repente frenou. Ou seja, fez certo de olhar para o retrovisor e ter deixado ser ultrapassado, sem ser pressionado pelo quem estava querendo ultrapassar, mas fez o “errado” de não voltar o olhar para frente.
Saia da pressão dos outros de modo seguro.
O contrário pode acontecer, quando você quer ultrapassar e não olha para o espelho retrovisor e, assim, não percebe a presença de outro veículo querendo ultrapassá-lo. Será que estas atitudes se caracterizam como falta de técnica na pilotagem? Ou será um pouco de ingenuidade da parte do ser humano quando dirige ou pilota?
O dicionário traduz ingenuidade como: simplicidade extrema; falta de bom senso prático; credulidade excessiva.
Ser ingênuo é acreditar que os outros não erram.
Queridos leitores. Insisto na tese que os acidentes são causados principalmente por falta de comportamento humano. Ser ingênuo no transito é acreditar que os outros não erram. Ser ingênuo é acreditar que aquele que o pressiona para ultrapassá-lo irá parar de pressioná-lo. Ser ingênuo é acreditar que os outros o respeitam.  Ser ingênuo é acreditar que TODOS obedecem as leis como você. Porém, ser ingênuo não significa falta de atenção ou falta de habilidade na condução, ou mesmo ser imprudente. No exemplo do acidente mencionado acima, mesmo com uma super técnica de frenagem dificilmente o piloto não se acidentaria, pois não teve tempo de frear (veja: É Uma Questão de Sensibilidade. Três Fases de Uma Frenagem, neste mesmo blog). Ou mesmo com uma técnica apurada em curvas, o piloto em questão não conseguiria desviar do carro que frenou repentinamente a sua frente, pois não havia espaço para isso. Assim, eu digo: AS TÉCNICAS NA PILOTAGEM SERVEM PARA EVITAR OS ACIDENTES QUANDO NOS FALTA O COMPORTAMENTO, e, mesmo assim não será suficiente dependendo da dinâmica do transito (leia neste mesmo blog: Comportamento Pessoal É Mais Importante Do Que Somente Ter As Técnicas Na Pilotagem). Portanto, meu conselho ao pilotar uma moto é treinar seus sentidos, observar as atitudes dos outros no transito e, antes de precisar de uma técnica especial de pilotagem, evite riscos desnecessários saindo, se afastando dos mal comportados condutores, sejam eles motociclistas, ciclistas ou motoristas. Não se esqueça dos pedestres que insistem em não respeitar o semáforo e atravessam por entre os carros fora da faixa.
Um instrutor que conheci já dizia: ‘...nunca subestime a capacidade dos outros errarem...” Assim, se defenda dessas probabilidades de erros prevenindo-se evitando riscos.
Abraços a todos.