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PRÓXIMAS DATAS DO CURSO DE PILOTAGEM DEFENSIVA

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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

XT 660 Z TÉNÉRÉ, Avaliação dos 30.000 km de rodagem.

Depois de rodar em estradas de terra, rodovias, vias urbanas e cursos de pilotagem defensiva (on-road), como está esta linhagem das lendárias TÉNÉRÉ? Gastos de manutenção, trocas de peças e condições gerais serão avaliados agora.
Não é uma moto luxuosa, mas sim bruta e forte

Desde a última avaliação, publicado neste site, ainda sinto esta moto uma companheira agressiva, porém obediente aos comandos do piloto. Obediente levando-a no cabresto, porque ela é muito arisca nas re-acelerações e nas frenagens emergenciais. Desta forma, o feliz proprietário desta máquina deve ser minucioso ao comandá-la, re-acelerando e frenando de modo progressivo e controlável, principalmente em condições adversas de solo molhado e em terra. Por ser agressiva, precisei trocar a transmissão secundária  (coroa, pinhão e corrente), mas confesso que não fui cuidadoso em cuidar desta importante peça, deixando de lubrificar semanalmente e por isso tive de trocar 20 mil km antes do recomendado. Porém, pela avaliação do mecânico, somente a corrente danificou, deixando-a ovalada sem condições de uso. A coroa e o pinhão estavam muito boas, ainda podendo durar mais uns 20 mil km. Preço de minha falta de cuidado? 1200,00 reais no conjunto todo, com a mão de obra da concessionária inclusa.

Fiquei surpreso com a durabilidade das pastilhas de freios dianteiro, pois nos cursos de pilotagem que
Pastilhas caras? Mesmo assim, as originais
são as mais seguras
ministro as uso muito. O conjunto de pastilhas custaram 428,00 reais, então, são dois discos, com mão de obra e tudo mais, 960,00 reais.

A última troca de pneus foi por volta dos 18.000 km. Acredito que o par de Metzeler Tourance atuais durará por mais uns dois mil km. Estou pensando em calçar, na próxima troca, o Michelin Anakee 2 ou o Continental Attack, para sentir se melhora a performance nas frenagens dianteira e, também, se 
melhora o conforto no uso on-road, pois acho o Metzeler um pouco desconfortável no asfalto, isto é evidente pelas características de seu desenho, e quem quer menos
Pela kilometragem e agressividade nas frenagens, ainda dura uns
dois mil km
vibração (já que este monocilíndrico vibra bastante), deve trocar os pneus com menos espaços em seus gomos. Mas no uso off, este calçado é excelente!





E por falar em fora de estrada, a XT 660 Z Ténéré é excepcional. Esta moto nos ensina a pilotar e, de fato, o uso off-road é o melhor espaço para aprender as principais técnicas para a segurança do piloto. Sem a ajuda de
Ela nos ensina a pilotar
elementos eletrônicos, como ABS e Controle Eletrônico de Tração, o piloto consegue entender, de modo progressivo, as formas de acelerações em saídas de curvas e frenagens em entradas de curvas, com o controle das derrapagens traseira.
Sem ABS, ou controle de tração,
o piloto controla tudo

Depois de 4 trocas o problema de quebra dos piscas acabou e a troca dos quebrados foi por garantia da Yamaha. Aliás, falando em Yamaha, esta marca nunca me deixou na mão. Todas as dúvidas que tive, a ouvidoria da marca me ajudou muito, e sem esta ajuda não estaria escrevendo esta avaliação com precisão.
Preços de peças e mão de obra podem se alterar de concessionária a outra, porém, enquanto na garantia, e por motivos de segurança, aconselho peças originais e mão de obra especializada. Ter uma moto dessas custa no bolso, sim, mas imaginem os preços de suas principais concorrentes, embora falta-me um pouco mais de pesquisa para comparar. Na próxima avaliação farei esta comparação.
Para os amantes desse modelo, a Yamaha já lançou para 2014 a nova Ténéré. Nova? Bem, ainda sem ABS, mas os preços estão mais baixos.

Conclusão:
Quem gosta de conforto e linearidade de motorização, esta moto não é a ideal, pois suas concorrentes estão ai com um conforto maior e menos vibração de motor. Porém, quem gosta de uma moto versátil, a mais barata de manutenção para a sua categoria (será?), e a melhor no uso off-road, tai a moto ideal.
Condições gerais da moto: Sem nenhuma avaria, dois tombinhos parada, km total da avaliação: 32.920 km. Filtro de ar ainda em condições de uso, por isso pedi para não trocar, pois quero avaliar o consumo na no teste dos 40.000 km. Abraços a todos.

Texto e Avaliador de performance: Carlos Amaral
Fotos: Geórgia Zuliani


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Perigo! Ventos e Deslocamentos de Ar.

Muitos me perguntam como podemos evitar um tipo de acidente causado por ventos e deslocamentos de ar, enquanto transitamos com nossas motos principalmente em estradas e rodovias. Em primeiro lugar vamos entender o que são ventos e que são deslocamentos de ar, pois parecem a mesma coisa, mas não são, por isso os cuidados na pilotagem devem ser bem aplicados conforme nossas atitudes diante dessas condições adversas na condução de motos e, assim, poderemos colocar em prática as técnicas da pilotagem segura.
Placas de Transito do Brasil
Observe e obedeça os sinais
VENTOS: é um fenômeno natural, causados pela movimentação de Rotação e Translação da Terra. Portanto, para o piloto não tem como fugir deles. Existem dois tipos de ventos que podem causar perigo ao motociclista:
1-      Ventos Laterais
2-      Ventos frontais
Os ventos laterais são os mais perigosos para a condução, pois eles vêm repentinamente, empurrando o motociclista e a moto para as laterais da pista. Os cuidados que deve ter nesse momento é abaixar o corpo, deixando o vento passar por cima do piloto, evitando atingi-lo de lado e, sem dúvida, desacelerar, diminuindo a velocidade. Assim, poderá sair de situações de risco, como ser
Considere a paisagem ao seu redor como um fator propício
a ventos laterais 
empurrado para fora da estrada. Existem regiões que os ventos laterais aparecem em forma de rajadas. Esse tipo de adversidade natural é quase impossível evitar um acidente, porém, pilotando preventivamente, observando se o local há sinalizações indicando esse fenômeno, ou mesmo “observando sinais”, como árvores derrubadas ou “deslocadas” em formas laterais, caminhões tombados sem uma aparente causa, não pense duas vezes em baixar a velocidade e pilotar com calma. Rodovias ou estradas muito abertas em suas laterais são muito propícias a isso. Para rajadas de ventos laterais repentinas não há técnica defensiva e sim preventiva.
Os ventos frontais, causados naturalmente e não pela velocidade da moto, são de percepção maior em modelos de motos com suspensões mais altas, como a Trails. Ou seja, não é a moto que “corta” o vento, mas sim o vento que vai ao encontro da moto. Nesse momento o piloto sente a frente da motocicleta mais leve, sem estabilidade. Neste caso, o conselho defensivo é diminuir a velocidade e deixar o corpo mais a frente, “dando peso” à roda frontal diminuindo a leveza causada pelo vento frontal. O conselho preventivo é ajustar a suspensão traseira da moto para uma pré-carga mais dura, dessa forma o pneu frontal ficará mais “colado” ao chão deixando a moto mais estável nessa condição atmosférica.
DESLOCAMENTO DE AR: diferente dos ventos o deslocamento de ar é causado por outros veículos maiores, como caminhões e ônibus, e não pela natureza em si mesma. São quatro os tipos:
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Veículos com grande vão por entre as rodas: deslocamento de ar negativo
1-      Deslocamento de ar positivo
2-      Deslocamento de ar negativo
3-      Turbulência
4-      Vácuo
Deslocamento de ar positivo: é muito comum isso acontecer ao ultrapassar caminhões e ônibus. Tais veículos “empurram” o ar ao se movimentarem em velocidade, assim esse ar deslocado é retirado da frente desses grandes veículos e jogado para o lado, isto é, ao lado de sua ultrapassagem. Dessa forma, o motociclista e sua moto são jogados positivamente, ou seja, para fora da via. O conselho defensivo é ultrapassar rápido e longe de caminhões e ônibus e o conselho preventivo é ter muita paciência e esperar o momento certo para ultrapassa-los. Esse efeito de deslocamento acontece, também, quando veículos passam em grande velocidade ao contrário de sua via. Dessa forma, ao vê-los chegando desloque-se ao lado direito da via, o mais longe possível deles, assim o efeito do deslocamento será muito amenizado.
Deslocamento de ar negativo: este tipo de condição adversa é o mais grave, pois da mesma explicação dos efeitos do deslocamento de ar positivo, o ar deslocado para as laterais de grandes veículos “abraça” o motociclista que está ultrapassando o qual é sugado para debaixo desses pesados caminhões. Até mesmo a força giroscópica das rodas desses grandes veículos poderá ajudar neste descolamento de ar negativo. Portanto, aproveite o que a moto pode ter, ou seja, o espaço que um carro não tem, e ultrapasse longe e rápido.
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Veículos que vêm de frente causam muito deslocamento de ar
Turbulência e Vácuo: sabe aquela frase:” mantenha distância”? Então, por que este lembrete está sempre presente escrito atrás dos caminhões e ônibus? Bem, um ensinamento defensivo explica que deve manter uma distância de seguimento entre 2 a 3 segundos atrás de qualquer veículo independente da velocidade dos mesmos. Se o veículo a manter distância for um carro mais pesado, ou se a via estiver molhada, esta distância deve ser dobrada ou triplicada. Isso vale para a moto, também. Veem-se muitos motociclistas andando grudados por de trás de ônibus, para, por ilusão, se protegerem da chuva ou de ventos frontais. Dependendo da velocidade, a distância de seguimento curta do veículo da frente pode causar muita turbulência, e se aproximar demais, poderá entrar no vácuo, sim, vácuo, ausência de ar que evita atrito atmosférico e aumenta a velocidade da moto. Muitos acidentes fatais são causados por esta falta de atrito do ar. Não precisa o veículo da frente frear forte para que o motociclista “chape” na traseira de ônibus ou outros veículos, pois o vácuo ajuda a empurrar a moto causando este tipo de acidente. Assim sendo, mantenha distância.
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Quer ultrapassar, mantenha distância, saia do vácuo e da turbulência, veja o que está á frente e ultrapasse com segurança


Quer ultrapassar? A maior lição para o motociclista defensivo é ter PACIÊNCIA, e esta paciência faz com que as atitudes do piloto seja de bom senso e perspicácia. Esperar o melhor momento para uma ultrapassagem fará com seu, e o nosso destino, seja cumprido.




Texto: Carlos Amaral
Fotos: Geórgia Zuliani e web