Depois de rodar em estradas de
terra, rodovias, vias urbanas e cursos de pilotagem defensiva (on-road), como está
esta linhagem das lendárias TÉNÉRÉ? Gastos de manutenção, trocas de peças e
condições gerais serão avaliados agora.
Não é uma moto luxuosa, mas sim bruta e forte |
Desde a última avaliação,
publicado neste site, ainda sinto esta moto uma companheira agressiva, porém
obediente aos comandos do piloto. Obediente levando-a no cabresto, porque ela é
muito arisca nas re-acelerações e nas frenagens emergenciais. Desta forma, o
feliz proprietário desta máquina deve ser minucioso ao comandá-la, re-acelerando
e frenando de modo progressivo e controlável, principalmente em condições adversas
de solo molhado e em terra. Por ser agressiva, precisei trocar a transmissão secundária (coroa, pinhão e corrente), mas confesso que não fui cuidadoso em cuidar desta
importante peça, deixando de lubrificar semanalmente e por isso tive de trocar
20 mil km antes do recomendado. Porém, pela avaliação do mecânico, somente a corrente
danificou, deixando-a ovalada sem condições de uso. A coroa e o pinhão
estavam muito boas, ainda podendo durar mais uns 20 mil km. Preço de minha falta
de cuidado? 1200,00 reais no conjunto todo, com a mão de obra da concessionária
inclusa.
Fiquei surpreso com a durabilidade das pastilhas de freios dianteiro, pois nos cursos de pilotagem que
Pastilhas caras? Mesmo assim, as originais são as mais seguras |
A última troca de pneus foi por volta dos 18.000 km. Acredito que o par de Metzeler Tourance atuais durará por mais uns dois mil km. Estou pensando em calçar, na próxima troca, o Michelin Anakee 2 ou o Continental Attack, para sentir se melhora a performance nas frenagens dianteira e, também, se
melhora o conforto no uso on-road, pois acho o Metzeler um pouco desconfortável no asfalto, isto é evidente pelas características de seu desenho, e quem quer menos
Pela kilometragem e agressividade nas frenagens, ainda dura uns dois mil km |
E por falar em fora de estrada, a XT 660 Z Ténéré é excepcional. Esta moto nos ensina a pilotar e, de fato, o uso off-road é o melhor espaço para aprender as principais técnicas para a segurança do piloto. Sem a ajuda de
Ela nos ensina a pilotar |
Sem ABS, ou controle de tração, o piloto controla tudo |
Depois de 4 trocas o problema de quebra dos piscas acabou e a troca dos quebrados foi por garantia da Yamaha. Aliás, falando em Yamaha, esta marca nunca me deixou na mão. Todas as dúvidas que tive, a ouvidoria da marca me ajudou muito, e sem esta ajuda não estaria escrevendo esta avaliação com precisão.
Preços de peças e mão de obra
podem se alterar de concessionária a outra, porém, enquanto na garantia, e por
motivos de segurança, aconselho peças originais e mão de obra especializada.
Ter uma moto dessas custa no bolso, sim, mas imaginem os preços de suas principais
concorrentes, embora falta-me um pouco mais de pesquisa para comparar. Na próxima avaliação farei esta comparação.
Para os amantes desse modelo, a
Yamaha já lançou para 2014 a nova Ténéré. Nova? Bem, ainda sem ABS, mas os
preços estão mais baixos.
Conclusão:
Quem gosta de conforto e linearidade de motorização, esta moto não é a ideal, pois suas concorrentes estão ai com um conforto maior e menos vibração de motor. Porém, quem gosta de uma moto versátil, a mais barata de manutenção para a sua categoria (será?), e a melhor no uso off-road, tai a moto ideal.
Condições gerais da moto: Sem nenhuma avaria, dois tombinhos parada, km total da avaliação: 32.920 km. Filtro de ar ainda em condições de uso, por isso pedi para não trocar, pois quero avaliar o consumo na no teste dos 40.000 km. Abraços a todos.
Condições gerais da moto: Sem nenhuma avaria, dois tombinhos parada, km total da avaliação: 32.920 km. Filtro de ar ainda em condições de uso, por isso pedi para não trocar, pois quero avaliar o consumo na no teste dos 40.000 km. Abraços a todos.
Texto e Avaliador de performance: Carlos Amaral
Fotos: Geórgia Zuliani