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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Equipamentos de Segurança: Você os Usa?

Queridos amigos, alunos e leitores,

Em tempos de frio é comum usarmos jaquetas, luvas, botas calças grossas e outros tipos de roupagens que nos protegem do frio.

Mas, o motociclista só deve se proteger do frio ou também se proteger no frio?
O que quero dizer que todos nós, apaixonados por motos, também devemos ser apaixonados pela segurança.

A roupagem do motociclista deve ser, em primeiro lugar, para se proteger no frio, no calor... Ou seja, deve ser usados como equipamentos de segurança. Devem, portanto, ser usados até mesmo em clima quente, em nosso verão equatorial, onde a temperatura ambiente chega até mesmo aos 35 graus na sombra. Leia a reportagem abaixo:

"Nos últimos dez anos, o número de mortes aumentou 1.000%. Em 14 estados, óbitos de motociclistas superaram os de pedestres.
Do G1, com informações do Jornal Hoje.
Os acidentes de moto no país somaram dez mil mortos, mais de 500 mil feridos e um gasto de R$ 8 bilhões no ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Segurança no Trânsito. Nos últimos dez anos, o número de mortes aumentou 1.000%. A cada minuto, uma pessoa morre ou fica ferida por causa de acidentes com motocicletas. (Veja o site do Jornal Hoje )Muitas das vítimas não usam equipamentos de segurança e nem fazem idéia dos estragos que um acidente pode causar. Quando um motociclista cai de sua moto, o asfalto vira uma lixa no atrito com a pele. E quanto maior for a velocidade da moto, pior para o condutor. O professor de física Beraldo Neto faz o cálculo: se o piloto estiver a 60 km/h ele poderá deslizar entre 20 e 30 metros na queda, dependendo do tipo e das condições da pista. Cair de moto a 36 km/h equivale a uma queda de segundo andar de um prédio. Se o motociclista estiver a 72 km/h e cair, será o mesmo que ele despencar do sexto andar. Já para os pilotos de corrida, que podem se acidentar a 140 km/h, a queda é igual à altura de um prédio de 26 andares. "

Algum tempo atrás, vi um motociclista acidentado, onde o mesmo não conseguia se lenvantar do asfalto, pois estava com a perna machucada e com muitas dores. Ele "fritou" no asfalto quente. Estava somente com uma camiseta básica, da qual se rasgou no atrito do chão.

Eu sei que usar jaquetas em clima quente é muito desconfortável. E sei também que usar equipamentos de segurança NÃO AFASTA O PERIGO DE SE ACIDENTAR, mas PROTEGE ou AMENIZA os efeitos, ou os traumas, de uma possível queda. ( veja os depoimentos comentados no Post " O Amaral Levou Um Tombo").

Em 1995, estava pilotando uma GSX 1100 R e caí na Marginal Pinheiros por pura imprudência de minha parte ( esta história contarei no próximo post ). Eu estava com uma jaqueta de frio, couro de antílope, da qual se rasgou inteira. Estava com calça Jeans que também virou saco de pano. Fiquei semi-nu na marginal, só de cuecas aparecendo meus culhões para a rapaziada toda tirar sarro de mim. Este tipo de roupa me protegeu, embora minha bunda tenha uma marca de queimadura de asfalto quente até hoje. Este machucado me doeu mais quando eu tive que ficar de "quatro" para que o médico fizesse os curativos. Como eu estava sem luvas, tentei segurar a queda com minhas mãos. Amigo! fiquei sem as digitais. Ai como doeu!

Aprendi na marra.

Leia esta outra reportagem abaixo:

'Sobreviventes' agradecem a proteção do capacete
Equipamento salvou a vida de motociclistas em acidentes e assaltos. Caso de Felipe Massa reforça a importância da proteção para a cabeça.
Aluízio Freire e Marcelo Mora Do G1, no Rio e em São Paulo

O comerciante José Santana Ferreira de Souza foi salvo pelo capacete
A boa recuperação do piloto brasileiro Felipe Massa após o acidente sofrido durante os treinos para o Grande Prêmio da Hungria de Fórmula 1 destacou a importância do capacete para absorção de impactos. O equipamento de segurança já representou a diferença entre a vida e a morte de muitos motociclistas que passaram por sustos no trânsito ou com os casos de violência nas grandes cidades.

É o caso do comerciante José Santana Ferreira de Souza, de 30 anos. Há pouco mais de um mês ele pensou, por alguns segundos, que não conseguiria escapar de um acidente de moto. Ele estava atravessando a Ponte Rio-Niterói quando tocou seu celular. Reduziu a velocidade da moto, que naquele momento era de 80 quilômetros por hora, e jogou para o acostamento, para atender a ligação. No entanto, ao reduzir a marcha, uma outra moto bateu em sua traseira.


Bati com a cabeça na pilastra e, por pouco, não caí de uma altura de quase 100 metros. O que me salvou mesmo foi o capacete"
“Senti meu corpo ser jogado para o alto. Bati com a cabeça na pilastra e, por pouco, não caí de uma altura de quase 100 metros. Fiquei alguns segundos pendurado, até que o outro motoqueiro me puxou. Mas, o que me salvou mesmo foi o capacete”, reconhece. José ainda socorreu em sua garupa o outro motoqueiro, que quebrou a perna, levando-o para o Hospital Universitário Antonio Pedro, em Niterói. “Naquele dia estava chovendo muito, a pista estava escorregadia. O motoqueiro veio cortando os carros e não conseguiu parar antes de me atingir. Acho que nasci de novo. Por isso, hoje não ando sem capacete. Sem ele, não temos proteção nenhuma”.

Capacete protegeu Elson Liper em acidente batendo no asfalto.
Apaixonado por velocidade e integrante de um grupo de motociclistas, o jornalista Elson Liper, 47 anos, autor do blog Moto News & Bípedes, com dicas de viagens e condições das estradas, lembra de um grave acidente que sobreviveu graças ao uso do capacete, em 2005, quando trabalhava como correspondente do jornal argentino Clarín, no Rio de janeiro. “Era 17 de fevereiro, dia do aniversário do meu filho. Peguei a moto e segui para casa, comemorar em família. Quando passava pela Rua Visconde de Santa Isabel, na Zona Norte, um sujeito de rua, que depois descobri ser um doente mental, jogou alguma coisa na minha direção que até hoje não sei o que era. Mas, o objeto passou na frente do meu rosto como um torpedo. Perdi o controle e voei longe. Bati pelo menos seis vezes com a cabeça no asfalto. O capacete foi minha salvação”, afirma.
Era um capacete importado, resistente, revestido de fibra e isopor. Minha cabeça estava protegida, graças a Deus"
Elson conta ainda que o capacete ficou deformado no alto, na parte que protege o crânio, nas laterais do rosto, e na parte do queixo. “Era um capacete importado, resistente, revestido de fibra e isopor. Minha cabeça estava protegida, graças a Deus”, agradece, apesar de ter fraturado a clavícula. Após sobreviver ao acidente, ele chegou a mandar uma carta ao fabricante do equipamento e ganhou um outro modelo de presente.

Muitas vezes o motociclista perde o controle porque algum objeto estranho vai de encontro aos seus olhos"
“É preciso usar toda a indumentária de proteção, como luvas, joelheiras e tornozeleiras para reduzir as lesões ortopédicas. O capacete, por sua vez, deve seguir as regras do Inmetro, e ter viseiras para proteger os olhos. Como no caso do piloto Felipe Massa, muitas vezes o motociclista perde o controle porque algum objeto estranho vai de encontro aos seus olhos. Se não tiver proteção, pode sofrer uma lesão no globo ocular”, alerta. Segundo o médico, dá para perceber um aumento de acidentes de motos. “A gente percebe isso na prática. De janeiro a maio, fizemos 553 atendimentos a vítimas de acidentes com motos. É um número absurdo. São quase quatro por dia”, destaca. Ele considera que esse aumento também se deve ao crescimento da atividade de motoboys e mototáxis, além do uso de motos de baixa cilindrada por menores que, na maioria dos casos, não utilizam os apetrechos de segurança. “Essas motos alcançam até 70 km/h. Quem cai a uma velocidade dessas também corre o risco de sofrer uma lesão grave”, afirma.

Uma pesquisa feita com a prefeitura de Mogi da Cruzes, SP, da qual tive o privilégio de participar, em uma das avenidas principais desta cidade, foi observado que 97% dos motociclistas usavam o capacete Muito bom!!! Mas somente 13% usavam este equipamento de forma correta. Muito mal!!!Usem este equipamento de forma que sua bochecha fique ligeiramente apertada. Escolha o capacete que a queixeira não fique encostando em seu queixo ou boca. Compre com viseira 'grossas' e resistentes. A fita jugular deve estar presa ao seu pescoço de forma que não fique muito apertada e nem "frouxa" o suficiente que saia pelo seu queixo.

Capacete aberto? Use-o se sua pilotagem não for agressiva e com poucos riscos. Os olhos devem estar protegidos.

Capacetes escamoteáveis. São práticos e confortáveis. Mas não caia de boca no chão, pois a queixeira pode se abrir com facilidade.

Meus amigos. O bom senso é melhor do que leis. A lei obrigada somente usar óculos de proteção e capacete. O bom senso nos faz refletir que não é somente capacete ou óculos que nos protegem na queda.

Tentem se adaptar a esta "moda" da proteção. Pois moto não só praticidade, economia e prazer. Mas é também "fashion".



Um grande abraço a todos






















3 comentários:

  1. Amaral esse tópico é muito interessante..
    Um tombo por menor que seja, sem a devida proteção é muito dolorido e pode deixar sequelas.
    Eu mesmo tive há uns 30 dias, um leve tombo com minha moto, e como estava calor não estava usando a roupa adequada para andar protegido.
    Resultado : estou com o joelho e o pé esquerdo ainda queimados.
    Estava de caiça jeans e um tênis, perdi os dois.
    Se estivesse com o equipamento completo como sempre ando, nada disso teria acontecido..
    Depois de mais de 20 anos sem comprar um lote, pensei que não ia acontecer mais..infelizmente a gente aprende pela parte mais doída.
    Agora até para ir na padaria da esquina comprar um pão, vou pronto para uma viagem de 1.000 kms..
    Valeu Amaral, continue postando assuntos interessantes assim..
    E...boas estradas a todos..

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  2. Muito bom este tópico... venho trabalhar (de SBC para SP) com todos os apetrechos de segurança e um bom capacete e vejo que infelizmente sou o único.

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  3. Caro Amaral,

    Mais uma publicação muito útil!

    Sem dúvida que o equipamento de protecção é obrigatório!

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